NATAL, O NASCIMENTO DO VERDADEIRO SOL

“Para vocês que reverenciam o meu nome, o SOL DA JUSTIÇA se levantará trazendo em suas asas a cura e a salvação” (Ml. 4.2.)

Como é agradável ver o nascer do sol! A luz, o brilho e o esplendor são maravilhosos aos nossos olhos, e causa bem-estar ao nosso espírito. O sol é a base da vida. Sem o sol a terra seria vazia, sem vida.

Faz muito bem ver o sol nascer nas manhãs de verão, fazendo a natureza despertar – as flores desabrocham, os passarinhos cantam e nos sentamos no terraço para tomar café e apreciar a manhã.

Talvez o brilho do sol também seja o motivo pelo qual os habitantes das regiões mais próximas ao Equador sejam em geral mais alegres e despreocupados. O sol faz bem à alma. Sem o sol, a vida seria impossível na terra.

Assim como necessitamos do sol para o nosso desenvolvimento físico, também necessitamos de Jesus Cristo para o nosso desenvolvimento espiritual. Ele é o verdadeiro sol. Sol que nos oferece vida, e vida em abundância, vida eterna (Cf Jo.10,10b). Somente Jesus pode nos iluminar para chegarmos a vida eterna. Jesus é a Luz que nos mostra por onde deveremos andar, como diz o padre Zezinho em sua bela canção Dentro de mim: “Minha luz é Jesus. E Jesus me conduz pelos caminhos da paz”

As primeiras comunidades cristãs não tinham o costume de celebrar o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. O Natal como várias outras festas cristãs (Páscoa, Dia de finados, Dia de todos os Santos) era uma festa pagã que foi cristianizada pela Igreja. Os cristãos cristianizaram a festa pagã do deus sol chamada de Natalis Solis Invicti (nascimento do sol invencível) celebrada pelos romanos durante o solstício de inverno, o dia mais curto do ano (no hemisfério norte, o solstício não tem data fixa – ele costuma ser próximo de 22 de dezembro, mas pode cair até no dia 25). Assim no dia 25 dezembro de 354 os cristãos celebraram pela primeira vez na história o nascimento do verdadeiro SOL. Celebraram o nascimento de Jesus. Nasce então a festa do Natal que celebramos até hoje.

Essa origem da festa de Natal é reconhecida inclusive por Santo Agostinho, que exortava seus irmãos cristãos a não celebrarem o sol naquele dia solene, como faziam os pagãos, e sim celebrarem “Aquele que tinha criado o Sol”.

Você já parou para pensar na força da luminosidade do sol? Quando chega a noite, acendemos milhares ou talvez milhões de lâmpadas em toda parte, mas todas elas juntas não chegam a produzir uma mínima porcentagem do calor e da luminosidade que o sol produz. Isso nos mostra a insignificância dos recursos humanos diante da grandeza das obras de Deus.

Do mesmo modo a pessoa que vira as costas para Jesus procura muitas lâmpadas para iluminar e para se aquecer. São tantos deuses falsos, tantos amuletos, tantos talismãs, tantos objetos mágicos, mas tudo isso junto não produz nada que possa substituir a presença de Cristo em sua vida

Celebrar o Natal é deixar de buscar luzes artificiais. É não virar as costas para Jesus. É virar-se para a verdadeira luz, o sol da justiça, Jesus Cristo, o único caminho para chegar à salvação. Ele mesmo disse: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas. Pelo contrário, terá a luz da vida.” (Jo. 8,12).

Iluminados por Cristo com certeza não erraremos o caminho que nos leva ao Reino de Deus. Celebrar o Natal é abrir o coração e permitir que a Luz de Jesus que está dentro de nós nos conduza pelos caminhos da Paz. AMÉM! AMEM!

QUE VOCÊ E SUA FAMÍLIA TENHAM UM FELIZ NATAL E UMABENÇOADO 2024!

Com carinho.

Frei Bruno O.P.

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